Cada um de nós vem à Terra com uma missão a cumprir. Como explicar a perda prematura daqueles que queremos tanto bem? Embora não o conhecesse pessoalmente, Juliano Alves, pelo que vejo nas demonstrações de carinho, afeto, respeito e amizade, parecia ser um jovem que transparecia os melhores sentimentos que podemos sentir por alguém.
Aos 14 anos de idade, inexplicavelmente perdi aquele que era a base de sustentação da vida familiar, meu pai. Uma dor incomparável, tendo em vista que, as pessoas que amamos, acreditamos que serão eternos em nossas vidas. Mas, ao passarem-se os anos, a dor da perda é substituída por um sentimento ainda mais cruel, o da saudade, e esse nunca será sanado, pois a lacuna que se abre, é irreparável.
Acreditamos que o correto seja os filhos enterrarem os pais, mas Deus, em sua grandiosidade e sabedoria suprema, em determinados casos resolve privar-mos deste sofrimento, modificando a ordem da coisa. Juliano nunca saberá o significado da palavra perda, deixando para seus pais esta tarefa árdua e pesada.
Neste momento de tristeza e dor, devemos nos apegar a qualquer coisa que nos aproxime de Deus, pois apenas ele poderá nos dar o conforto que tanto precisamos. É difícil, mas a batalha pela vida necessita de uma força superior, afinal de contas, sem a presença e o apoio dele, nós simples mortais, jamais encontraremos a força que precisamos para vencer os obstáculos.
No dia 09 de Fevereiro de 1997, por volta das 09:00 horas, acredite, chegava o momento mais doloroso da minha vida, o momento da despedida, com aquele sentimento horrível que jamais voltaria a ver aquele que para mim, simplesmente tinha status de super herói. "Parei em frente ao caixão, fechei os olhos e falei bem baixinho: Meu amigo, chegou a hora de dizer adeus, mas a perda da sua matéria será superada pelos momentos felizes que passamos juntos! Pai, o único conforto que tenho agora, é saber que um dia nos encontraremos novamente. Vai com Deus!"
Aos familiares, parentes e amigos, os nossos mais sinceros votos de pesar!
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