Na manhã de hoje, 14, a Câmara Municipal de São José de Mipibu realizou uma audiência pública, onde na ocasião foram discutidos os problemas no abastecimento d'água pelo SAAE.
O diretor do órgão, Adilson de Oliveira, com sua vasta experiência na área financeira, tendo em vista que o mesmo já trabalhou por 31 anos no Banco do Brasil, esclareceu todos os pontos que no momento geram discussão, principalmente no tocante ao aumento da tarifa.
O Prefeito Arlindo Dantas reafirmou o compromisso em ajudar no que for preciso para que o SAAE preste um serviço de qualidade à população. "O problema é que, até hoje o órgão vem sendo muito mal gerido, pois o povo finge que paga e, a prefeitura finge que fornece água. Escolhemos Adilson porque acreditamos na sua capacidade, portanto, ele tem total autonomia para resolver a situação", disse.
Arlindo ainda lembrou que a prefeitura não tem obrigação de pagar as contas do SAAE, logo, a tarifa foi reajustada para que o órgão possa caminhar com as próprias pernas. "Atualmente, a prefeitura paga a conta de energia dos poços, no entanto, não é possível se manter o serviço com estas tarifas cobradas até hoje", ressaltou.
A audiência foi solicitada pela Vereadora Carla Simone, que em sua fala fez questão de lembrar que o serviço prestado pelo SAAE nos dias atuais, é de péssima qualidade. Simone ainda pediu que a questão fosse revista, pois só assim, após a população ver os resultados, passaria a acreditar no órgão, só então poderia se reajustar a tarifa.
A comunidade também teve a oportunidade de expressar sua opinião. Adivanil Pontes, morador do Conjunto Tancredo Neves, disse que o valor cobrado hoje é abusivo, pois a comunidade sofre com as constantes interrupções no fornecimento d'água.
Respondendo a pergunta da moradora Jaqueline Eugênio, Adilson esclareceu que será feita uma campanha de conscientização com a população, para que este bem tão precioso venha a ser usado com responsabilidade.
Os Vereadores presentes também expuseram suas opiniões, destacando que o SAAE não pode trabalhar com a cobrança desigual, tendo em vista que algumas comunidades contribuem e outras não.
O Diretor do SAAE ainda ressaltou que foi contratado para resolver a situação, logo, alerta que o órgão não será usado como cabide de empregos. "Quem quiser trabalhar, com certeza vai trabalhar, mas quem não estiver comprometido com o SAAE, imediatamente será dispensado. Se for preciso deixar o órgão eu deixarei, no entanto, não ficarei trabalhando com profissionais incapacitados a desempenharem suas funções", disse Adilson.
Ao final da audiência, a pergunta que não queria calar foi esclarecida, e a tarifa paga em todas as comunidades será de R$ 20,00 (Vinte Reais). Vale salientar que serão instalados hidrômetros nas residências, e quem consumir acima do limite pré-estabelecido pagará pelo excesso no consumo. Aqueles que não pagarem suas contas em dia, imediatamente terão o fornecimento d'água suspenso.
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