A secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou,
durante reunião realizada ontem, uma série de medidas que visam a melhoria do
atendimento na rede materno-infantil do Rio Grande do Norte. Entre as soluções
apresentadas para amenizar a situação de caos, estão o remanejamento de
profissionais que atendiam na Associação de Proteção à Maternidade e à
Infância (Apami) de São José de Mipibu e a suspensão do serviço de obstetrícia
no hospital de Canguaretama. A demanda de ambas unidades será absorvida por um
dos quatro hospitais regionais que a secretaria pretende reorganizar nos
próximos vinte dias.
Para debater o problema e tentar encontrar soluções
emergenciais, a Sesap realizou, na tarde de ontem, uma reunião que contou com a
presença de representantes do Ministério Público Estadual (MPE), do Conselho
Regional de Medicina (Cremern) e secretários de saúde de 22 municípios da I e
III Regional de Saúde do RN. “A assistência nas maternidades públicas não é
digna. Não é possível que vamos passar o resto das nossas vidas tentando apagar
o fogo dessas situações problemáticas. Não vamos mais tolerar essa situação”,
disse o titular da Sesap, Luiz Roberto Fonseca.
A Sesap definiu que quatro hospitais regionais serão
reorganizados para ofertarem o serviço de obstetrícia. São eles: São José de
Mipibu, Santo Antônio, São Paulo do Potengi e João Câmara. Para tanto, será
necessário de alguns servidores. Nesse sentido, os profissionais que atendiam
na Apami de São José de Mipibu serão relocados para o Hospital Regional
Monsenhor Antonio Barros.
A ideia da Sesap é transformar os hospitais em oito
municípios em referência no atendimento em determinadas regiões. Os municípios
polos seriam: Pau dos Ferros, Caicó, Assu, Currais Novos, João Câmara, São
Paulo do Potengi, São José de Mipibu e Santo Antônio. “Queremos que esses
hospitais atuem com efetiva capacidade de resposta voltados à baixa e média
complexidade”, disse Luiz Roberto.
Da região norte à região sul, os relatos eram mesclados de
insegurança, receio e medo. Nem sempre, o município de origem dessas mulheres
tem uma resposta satisfatória. Em outros cinco (Ceará-Mirim, São Gonçalo do
Amarante, Macaíba e São José de Mipibu) os hospitais são deficitários.
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