A
ânsia pontua as batidas do sofrido coração da dona de casa Juciana Cristina de
Oliveira, 33, mãe de cinco filhos e moradora de um pobre loteamento da Zona
Norte. Desde o início de dezembro, ela alimenta a dúvida de ter o seu bebê
recém-nascido trocado, quando foi fazer trabalho de parto no Hospital de Santa
Catarina. Ao receber a informação que seu filho tinha morrido, o marido teria
sido orientado a levar o corpo do bebê para casa, dentro de uma caixa e
conservando-o na geladeira antes de realizar o sepultamento. O caso virou uma
questão judicial e, agora, Juciana aguarda o resultado de um exame de DNA para
esclarecer a questão. Ela suspeita de tráfico de bebês e o processo tramita na
4ª Vara da Fazenda Pública.
Diante
da reportagem, a dona de casa, que já possui cinco filhos, sendo o mais velho
com 11 anos, desfiou o seu drama. Contou que começou a sentir as contrações
características do parto iminente no dia 2 de dezembro, quando foi levada para
o Hospital Santa Catarina. Casada com o gari Severino Lourenço, Juciana
precisou se internar sozinha porque o marido teve de ficar em casa com as
crianças.
Com oito meses de gravidez ela diz ter sido informada que seu parto seria cesariana. As coisas começam a ficar estranhas a partir de então, segundo seu relato, quando uma pessoa que a dona de casa acredita ser enfermeira fez uma pergunta não muito comum em um trabalho de parto.
“A enfermeira me perguntou quantos filhos eu tinha e se desejava doar a filha que iria nascer. Eu respondi que tinha cinco. Mas onde comem cinco, comem seis, não é?”, disse Juciana à reportagem em sua casa, no loteamento Alto da Torre, na Redinha, Zona Norte.
A casa onde mora é simples, contando apenas com sala, cozinha, quarto e um pequeno quintal. A única renda familiar é a do marido, que ganha salário mínimo da Urbana. Todos estavam em casa quando Juciana deu a entrevista. “Eu sou pobre, mas nunca faltou amor para criar meus filhos. Todos são saudáveis e ninguém passa fome aqui em casa”, falou ela.
Voltando ao hospital, após as perguntas à paciente, conta ela, foi dada a continuidade ao trabalho do parto, Ao nascer a criança, um menino, ela verificou que era pequeno e de cor preta. “Ainda vi o bebê vivo. Ele não chorava, mas foi um parto semelhante ao dos meus filhos. Eles nasceram cansadinhos, mas depois voltaram ao normal”, explicou.
Foi colocada a pulseira de nascimento no bebê, assim como emitida pelo hospital a certidão de nascido vivo. Juciana foi levada à enfermaria e como a criança não voltou para ela, insistiu em vê-lo. Somente 14 horas depois do parto, recorda, uma pessoa lhe informou que o bebê havia falecido.
Enquanto aguardava o marido e a liberação hospitalar, outro procedimento que considerou estranho: alguém da equipe médica informou que ela só poderia sair do hospital se levasse consigo o corpo da criança. Severino ainda argumentou, alegando ser tarde e que não teria como providenciar um caixão naquele momento.
Foi quando um servidor teria orientado o gari a fazer um procedimento mais inusitado ainda. Ele deveria levar a criança em uma caixa de papelão e deixasse o corpo na geladeira de sua casa até a hora do sepultamento. A caixa utilizada, segundo uma vizinha de Juciana, era a embalagem de caixas de seringa.
“Eu vi a marca das seringas em um programa de televisão. Era a mesma da caixa que levava a criança”, disse a vizinha, que não quis de identificar. O casal disse que o hospital entregou apenas a certidão de nascido vivo da criança: a certidão de óbito deveria ser tirada em um cartório.
Com oito meses de gravidez ela diz ter sido informada que seu parto seria cesariana. As coisas começam a ficar estranhas a partir de então, segundo seu relato, quando uma pessoa que a dona de casa acredita ser enfermeira fez uma pergunta não muito comum em um trabalho de parto.
“A enfermeira me perguntou quantos filhos eu tinha e se desejava doar a filha que iria nascer. Eu respondi que tinha cinco. Mas onde comem cinco, comem seis, não é?”, disse Juciana à reportagem em sua casa, no loteamento Alto da Torre, na Redinha, Zona Norte.
A casa onde mora é simples, contando apenas com sala, cozinha, quarto e um pequeno quintal. A única renda familiar é a do marido, que ganha salário mínimo da Urbana. Todos estavam em casa quando Juciana deu a entrevista. “Eu sou pobre, mas nunca faltou amor para criar meus filhos. Todos são saudáveis e ninguém passa fome aqui em casa”, falou ela.
Voltando ao hospital, após as perguntas à paciente, conta ela, foi dada a continuidade ao trabalho do parto, Ao nascer a criança, um menino, ela verificou que era pequeno e de cor preta. “Ainda vi o bebê vivo. Ele não chorava, mas foi um parto semelhante ao dos meus filhos. Eles nasceram cansadinhos, mas depois voltaram ao normal”, explicou.
Foi colocada a pulseira de nascimento no bebê, assim como emitida pelo hospital a certidão de nascido vivo. Juciana foi levada à enfermaria e como a criança não voltou para ela, insistiu em vê-lo. Somente 14 horas depois do parto, recorda, uma pessoa lhe informou que o bebê havia falecido.
Enquanto aguardava o marido e a liberação hospitalar, outro procedimento que considerou estranho: alguém da equipe médica informou que ela só poderia sair do hospital se levasse consigo o corpo da criança. Severino ainda argumentou, alegando ser tarde e que não teria como providenciar um caixão naquele momento.
Foi quando um servidor teria orientado o gari a fazer um procedimento mais inusitado ainda. Ele deveria levar a criança em uma caixa de papelão e deixasse o corpo na geladeira de sua casa até a hora do sepultamento. A caixa utilizada, segundo uma vizinha de Juciana, era a embalagem de caixas de seringa.
“Eu vi a marca das seringas em um programa de televisão. Era a mesma da caixa que levava a criança”, disse a vizinha, que não quis de identificar. O casal disse que o hospital entregou apenas a certidão de nascido vivo da criança: a certidão de óbito deveria ser tirada em um cartório.
FONTE: NOVO JORNAL
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