Nós jovens temos direitos, mas também temos deveres!
Sempre escutamos a frase: “Os jovens são o futuro do nosso país, da nossa nação!”.
Mas será que é assim que isso deve acontecer?
Somos jovens hoje, não amanhã!
Em alguns momentos exigimos que nossos direitos sejam respeitados, e em outros nos permitimos ser mercadoria negociada na politicagem mipibuense. Enfatizamos o papel de sermos protagonistas de MUDANÇA, TRANSFORMAÇÃO, RENOVAÇÃO, anseios que levam o nosso povo e a nossa juventude se encher de esperança por um município melhor pra se viver. Mas ao mesmo tempo nos enganamos e enganamos a sociedade.
Não podemos deixar de sermos protagonistas da nossa história. Anos atrás, nós fizemos a diferença na política de nosso país, em 1992 o Movimento dos Caras Pintadas entrou pra história do Brasil. Era a juventude se manifestando contra as mazelas que assolavam a política brasileira, no governo do então presidente Fernando Collor de Melo. Milhares de jovens organizaram grandes passeatas, com os rostos pintados de “verde e amarelo” (daí o nome “Caras Pintadas”) lutando pelo fim da corrupção e exigindo impeachment do Presidente Collor. O desejo da sociedade, e das juventudes em especial, foi atendido. Collor foi impugnado, perdeu o mandato e ficou inelegível por 08 anos.
Todo esse processo ficou marcado em nossa história, sendo assim perder a "sede de justiça" dos “caras pintadas”, é apagar a nossa história de amor e luta de uma sociedade mais justa e igualitária. Diante disso não podemos perder a essência de querer fazer a diferença. Neste ano eleitoral que se caracteriza por uma disputa densa, acirrada e controlada pelos coronéis da política. A relação estabelecida entre candidatos e as juventudes quase sempre pressupõe, como moeda de troca, favores e promessas de cunho pessoal, direto e familiar. As promessas mirabolantes e oportunistas também são utilizadas na perspectiva de soluções fáceis, para problemas complexos. Corromper e ser corrompido torna-se atos quase naturais em tempos eleitorais.
Devemos ter a consciência de que vender o voto é vender-se e corromper-se. Sabermos que trocar o voto por algum benefício individual é abrir mão de um projeto coletivo e de melhorias para a população, além de infligir à lei e praticar corrupção. Não podemos enxergar este processo eleitoral como uma oportunidade única de resolver algum de seus mais eminentes problemas ou dificuldades pessoais. É igualmente uma ilusão achar que temos liberdade se muitos de nós estão iludidos naquilo que tem de decidir.
O verdadeiro compromisso da democracia deve ser a efetivação dos nossos direitos já conquistados na legislação. Os direitos não são benefícios, mas resultado de conquistas da sociedade. As eleições municipais são uma oportunidade de sermos reconhecidos como uma sociedade. A verdadeira política é aquela que está em busca de soluções para os nossos maiores problemas.
Não vamos entregar os nossos sentimentos que visam o bem comum, nossas vontades de mudança e de renovação para àqueles que nos exploram, nos tratam como animadores como tarefeiros e não nos permitem escrever a nossa história, que visa à garantia de uma melhor qualidade de vida para as futuras gerações. Por isso sejamos seres POLÌTICOS, não sejamos seres egoístas, mesquinhos á ponto de se entregar e ou se vender a esta POLITICAGEM.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
(Antoine de Saint-Exupéry)
Camila Barros
(Jovem, mulher, cidadã mipibuense, ecossocialista e Educadora Social)
Camila Barros. Parabéns por suas palavras de coragem, incentivos e determinação. Todo cidadão seja ele mipibuense, potiguar, nisiaflorestense ou brasileiro precisa entender que o voto é o maior instrumento que temos para mudar uma sociedade. A educação, a saúde, a segurança, o emprego só terá espaço e melhorias quando todos forem capazes de escolher seu governante, não pelo nome e sim pelo melhor projeto de desenvolvimento no município, onde todos possam disfrutar desse desenvolvimento e contribuir na gestão pública através do orçamento participativo. Assim, todos os municípios seriam um pouco melhor e o povo respeitaria tudo aquilo quem vem do dinheiro público. Josivaldo
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