sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A DERROTA É ÓRFÃ - POR JAMACI OLIVEIRA


Um dos maiores estadistas que conheço, o americano e ex-presidente, John F. Kennedy, afirmou: "A DERROTA É ÓRFÃ". Ninguém se responsabiliza por ela. Poucos têm a decência de agradecer os votos disponibilizados em uma contenda eleitoral sem êxito. Kerinho entendeu o recado e prontamente agradeceu. Muitos perguntavam o que levaria Kerinho a uma disputa praticamente perdida. Afinal, havia um acórdão, um palanque muito forte e rico (muito rico mesmo) a enfrentar. A promessa era de um massacre, sete mil votos de diferença e a eleição de pelo menos 11 vereadores, parecia (só parecia) uma derrota anunciada. Porém, é preciso entender que em política existe a inteligência na derrota. Isso mesmo, muitas vezes perder é aguardar o futuro. Os mais jovens talvez não recordem, mas o RN guarda na memória uma eleição assim: Em 1982, o jovem prefeito de Natal, José Agripino, enfrentava uma lenda da política e pai do populismo, Aluísio Alves. Agripino, era o candidato da ditadura militar e como tal, teria a eleição tranquila, como de fato, teve. Porém, Aluísio, como raposa matreira que era, foi para o "sacrifício" pensando no futuro. No pós-derrota ele afirmara: "estamos fincando os alicerces do futuro, e este futuro chegará logo". Em 2006, Geraldo Melo trouxe de volta os Alves ao poder, mesmo que de forma indireta. Soube esperar, pois. Agora resta a Kerinho agir como Aluísio, é que o velho político foi contumaz na oposição. Usou e abusou dos meios de comunicação que dispunha para denunciar erros de Agripino. Kerinho, tem de fazer o mesmo. Arlindo agiu para o seu terceiro mandato, com a estratégia de "arrasa quarteirão". Não queria apenas impor uma derrota a Kerinho, quis derrotar Norma por tabela. Antes, era preciso humilhá-los nas urnas.Uma verdadeira tática de sufocar os rebeldes. Derrotou, mas, não ficou satisfeito com o resultado e ficou uma Cidade dividida, famílias sofridas, em função da política suja, e do campo de guerra ficaram feridas que não se curam com pomadas, só com o tempo. A tendência é que se forme um bloco independente, coisa aliás, que não existe. Todo independente, no fundo é comprometido. Em 01 de Janeiro estará reiniciando (É o que penso e posso estar errado) o "Feudalismo" Arlindista. Mesmo que queira os acertos que Arlindo fará na sua gestão, não cobrirá de forma correta os seus erros. É muita gente a abrigar e pouco espaço. Agora, fala-se em uma Diarquia no poder: Dois reis, (ou melhor, um Rei e uma Rainha) no caso daí, uma rainha que já mostrou que gosta de agir de forma enérgica passando por cima do que estiver pela frente. Não importa o que seja. Retroagindo no tempo. Será que esta estrutura de poder se firma? Vamos dar tempo ao tempo. Mas é sempre bom lembrar que poucos sabem aproveitar o tempo de forma benéfica. Aguardemos pois."ALEA JACTA EST" a sorte está lançada. Que ela nos traga decência, honradez e zelo por nossa Mipibu e que o grupo que retorna, mude o estilo e sirva a cidade e não se sirva dela.

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