Um dos maiores
estadistas que conheço, o americano e ex-presidente, John F. Kennedy, afirmou:
"A DERROTA É ÓRFÃ". Ninguém se responsabiliza por ela. Poucos têm a
decência de agradecer os votos disponibilizados em uma contenda eleitoral sem
êxito. Kerinho entendeu o recado e prontamente agradeceu. Muitos perguntavam o
que levaria Kerinho a uma disputa praticamente perdida. Afinal, havia um
acórdão, um palanque muito forte e rico (muito rico mesmo) a enfrentar. A
promessa era de um massacre, sete mil votos de diferença e a eleição de pelo
menos 11 vereadores, parecia (só parecia) uma derrota anunciada. Porém, é
preciso entender que em política existe a inteligência na derrota. Isso mesmo,
muitas vezes perder é aguardar o futuro. Os mais jovens talvez não recordem,
mas o RN guarda na memória uma eleição assim: Em 1982, o jovem prefeito de
Natal, José Agripino, enfrentava uma lenda da política e pai do populismo,
Aluísio Alves. Agripino, era o candidato da ditadura militar e como tal, teria
a eleição tranquila, como de fato, teve. Porém, Aluísio, como raposa matreira
que era, foi para o "sacrifício" pensando no futuro. No pós-derrota
ele afirmara: "estamos fincando os alicerces do futuro, e este futuro
chegará logo". Em 2006, Geraldo Melo trouxe de volta os Alves ao poder,
mesmo que de forma indireta. Soube esperar, pois. Agora resta a Kerinho agir
como Aluísio, é que o velho político foi contumaz na oposição. Usou e abusou
dos meios de comunicação que dispunha para denunciar erros de Agripino.
Kerinho, tem de fazer o mesmo. Arlindo agiu para o seu terceiro mandato, com a
estratégia de "arrasa quarteirão". Não queria apenas impor uma
derrota a Kerinho, quis derrotar Norma por tabela. Antes, era preciso
humilhá-los nas urnas.Uma verdadeira tática de sufocar os rebeldes. Derrotou,
mas, não ficou satisfeito com o resultado e ficou uma Cidade dividida, famílias
sofridas, em função da política suja, e do campo de guerra ficaram feridas que
não se curam com pomadas, só com o tempo. A tendência é que se forme um bloco
independente, coisa aliás, que não existe. Todo independente, no fundo é
comprometido. Em 01 de Janeiro estará reiniciando (É o que penso e posso estar
errado) o "Feudalismo" Arlindista. Mesmo que queira os acertos que
Arlindo fará na sua gestão, não cobrirá de forma correta os seus erros. É muita
gente a abrigar e pouco espaço. Agora, fala-se em uma Diarquia no poder: Dois
reis, (ou melhor, um Rei e uma Rainha) no caso daí, uma rainha que já mostrou
que gosta de agir de forma enérgica passando por cima do que estiver pela
frente. Não importa o que seja. Retroagindo no tempo. Será que esta estrutura
de poder se firma? Vamos dar tempo ao tempo. Mas é sempre bom lembrar que
poucos sabem aproveitar o tempo de forma benéfica. Aguardemos pois."ALEA
JACTA EST" a sorte está lançada. Que ela nos traga decência, honradez e
zelo por nossa Mipibu e que o grupo que retorna, mude o estilo e sirva a cidade
e não se sirva dela.
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