Com a justificativa de que a área administrativa e econômica
do governo não teve tempo hábil para calcular o impacto financeiro, por
exemplo, relativo à implantação do Estatuto do Instituto Técnico-Científico de
Polícia (Itep), o secretário estadual da Segurança e Defesa Pública, Aldair da
Rocha, adiou para as 15h desta sexta-feira (13) a reunião que estava prevista
para as 9h com o Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), para negociar os termos
da pauta de negociação da categoria, que está em greve há 38 dias.
O secretário Aldair da Rocha deixou, por volta das 10 horas,
seu gabinete situado no prédio da Emater, por trás da Secretaria Estadual da
Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), no Centro Administrativo, onde
dezenas de agentes e escrivães da Polícia Civil e servidores do Itep estarão
acampados. Os grevistas farão um almoço ao ar livre no local, à espera de uma
resposta do governo.
O presidente do Sinpol, Djair Oliveira, disse para os
grevistas que, por intermédio de Aldair da Rocha, foi dito que da parte da
governadora Rosalba Ciarlini, com quem o secretário esteve às 16h de ontem
(12), havia obtido um sinal verde. "Mas tem dez anos que sento à mesa de
negociações com o governo, e sabe-se que quando o governo quer, em meia hora
sai a informação sobre os efeitos financeiros de uma pauta", disse o
sindicalista.
Djair Oliveira afirmou para a categoria que se for necessário
não evoluir com uma contraproposta à pauta de 16 pontos, "a categoria vai
radicalizar". Um servidor do Itep que não quis ser identificado, temeroso
de represálias, disse que os servidores "já queriam fechar o
necrotério", a fim de não receberem mais cadáveres vítimas de morte
violenta para exame de necropsia. "A gente não fechou porque o presidente
do sindicato não deixou, mas estamos fazendo tipo uma operação
tartaruga", disse esse servidor.
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