segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Polícia Militar: amados ou odiados?


Ao ter o primeiro contato com meu irmão vestindo o uniforme da Polícia Militar, que por sinal tem o mesmo nome do meu pai, homenagem de minha mãe ao meu eterno herói (in memoriam), senti todas as sensações possíveis e imagináveis, pois sabia de sua batalha para chegar até ali, afinal, juntos perdemos noites e noites de sono, com a cara nos livros, visando adentrar nas fileiras da Gloriosa.

Ser policial militar, para muitos não é uma escolha, mas sim, uma filosofia de vida. Filosofia essa que, vai além de defender uma sociedade, que na maioria das vezes é a primeira a tirar a primeira pedra - desculpe a redundância. Todos podem errar, mas o policial, em hipótese alguma é lhe dado este direito. Afinal, quais são os direitos dele mesmo?

Quando criança, ficava me imaginando dentro daquela farda, que na minha imaginação, era limpa, cheirosa e tinha cores perfeitas. Na vida real, hoje, infelizmente, são sujas, fedidas e desbotadas.

Sujas pela maldade/despreparo daqueles que são escolhidos para nos representar, que sempre, ou quase sempre, mesmo sem conhecimento na área, dão a palavra final, passando por cima do comando de quem deveria comandar.

Fedidas pela corrupção que assola uma das nações mais ricas do mundo, leia-se Brasil. Um país de proporções continentais, até mesmo nas roubalheiras e escândalos que nos envergonham todos os dias. O fedor de tudo isso, acaba ficando impregnado na roupa, e, em alguns casos, até na pele destes pobres mortais. Por falar nisso: policial tem o direito de morrer?

Quanto às fardas desbotadas, são só desbotadas mesmo, pois se não existem recursos para aquisição de armas, munições e viaturas - venhamos e convenhamos, o básico né?! Como haveria dinheiro pra comprar uma farda nova? Aí eu tenho que concordar: já é pedir demais. (risos).

Me desculpem os intelectuais de plantão e defensores dos direitos humanos. Mas, meu irmão não é uma máquina, tipo aquele robô que fez grande sucesso na década de 90 - como era mesmo o nome dele? Ele é filho, esposo, pai, irmão...oxente, é apenas um homem como outro qualquer? Quase me esquecia de um detalhe importantíssimo: ele é policial militar, por tanto, tem que dar seus pulos para nos defender, custe o que custar. E se custar sua vida? Ah, pra isso, nada que uma boa salva de tiros não resolva.

Olhe para o lado e faça alguns questionamentos: Por que a polícia só aparece na hora errada? Por que a polícia conseguiu prender o cara que roubou meu celular? Se eu ligar, será que a polícia vem? Por que o policial matou meu filho? Quando eu ligo, porque o 190 demora tanto pra me atender? Será que tem tanta ocorrência assim? Quais são os direitos e deveres do policial?

Poderíamos ficar aqui até o último dia de nossas vidas, mas isso poderia demorar muito, por isso, acredito que a pergunta mais pertinente para a ocasião, resuma-se a somente uma:

Polícia Militar: amados ou odiados?

A resposta você encontra no decorrer dos dias: se eu caminhar pelo caminho certo, provavelmente serei tratado como um cidadão honesto; se eu pegar o caminho errado, estarei tentando a sorte ou o azar.

Não preciso que ninguém concorde com o que escrevi aqui, apenas peço que respeitem minha opinião. Caso queira expor a sua, tenha certeza que, mesmo que no meu ponto de vista seja a mais estúpida possível, ainda assim, a respeitarei.

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