Mesmo
considerando remota a chegada de alguma pessoa infectada com vírus Ebola em
território potiguar, a Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do
Norte (Sesap) conta com um plano de contingência para evitar o risco de
epidemia da doença no estado.
Conforme a coordenadora de Vigilância Sanitária da Sesap, Stella Leal,
desde as preparações para a realização dos jogos da Copa do Mundo Fifa 2014 em
Natal, os órgãos da Saúde Pública do estado tem recebido treinamento para o
risco de epidemias. Na última semana, os profissionais do Hospital Estadual
Giselda Trigueiro, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas no
RN, passou por um treinamento para lidar com vítimas do Ebola.
“Foi ensinado um protocolo a ser seguido para atendimento de pessoas infectadas
com essa doença, desde o isolamento do paciente em uma sala já reservada para
isso, quanto os cuidados com a proteção dos profissionais e o descarte dos
resíduos hospitalares”, explica a coordenadora estadual da Vigilância
Sanitária.
Ainda de acordo com Stella Leal, existem equipes da Vigilância Sanitária
estadual no Aeroporto Internacional Augusto Severo e nos portos de Natal e
Areia Branca orientadas para identificarem e isolarem possíveis portadores do
vírus Ebola para então seguirem com o plano de contingência.
“As equipes sabem
que o portador deve entrar nesses locais por uma porta diferenciada e levada
imediatamente para uma área de isolamento. Desde então serão feitos exames,
enquanto é chamada uma equipe do Samu [serviço de atendimento móvel de
urgência] para leva-lo ao Giselda Trigueiro, enquanto aguarda dos resultados”,
detalha.
A coordenadora estadual de Vigilância Sanitária revela ainda que após o
isolamento do possível portador do Ebola no Giselda Trigueiro, uma equipe
especial do Ministério da Saúde é enviada para Natal com objetivo de levar o
paciente para o hospital de referência nacional, no Rio de Janeiro (RJ).
“Desde o início de agosto temos feito videoconferências com o Ministério
da Saúde fazendo esse planejamento, ainda que a probabilidade de chegada dessa
doença aqui no estado seja muito baixa e não tenha, até então, sido registrada
qualquer ocorrência do Ebola no país”, finaliza Stella Leal.
Ebola
A febre hemorrágica ebola (FHE) é a doença humana provocada pelos vírus
do ébola. Os sintomas têm início duas a três semanas após a infeção, e
manifestam-se através de febre, dores musculares, dores de garganta e dores de
cabeça. A estes sintomas sucedem-se náuseas, vómitos e diarreia, a par de
insuficiência hepática e renal. Durante esta fase, algumas pessoas começam a
ter problemas hemorrágicos.
A doença pode ser transmissível de pessoa para pessoa, inclusive através
do contacto com pessoas mortas em decorrência do vírus. Os homens que
sobrevivem à doença continuam a ser capazes de a transmitir por via sexual
durante cerca de dois meses. O diagnóstico tem geralmente início com a exclusão
de outras doenças com sintomas semelhantes, como a malária, cólera ou outras
febres hemorrágicas virais.
Fonte: Portal no Ar
Nenhum comentário:
Postar um comentário