sexta-feira, 3 de abril de 2015

Fim da linha: o cerco está se fechando; foi bala perdida?


Em menos de uma semana, a polícia do RN já matou 9 homens que viviam em confronto com a Lei. Policiais Militares e Civis proporcionaram cenas que há muito não se via pelas bandas de cá. Currais Novos e Santana do Matos serviram de palco para uma guerra que, venhamos e convenhamos, em virtude de vários fatores, infelizmente estava sendo ganha pelos criminosos.

Seria um momento para forte reflexão em todos os setores da sociedade? Acredito que esta reflexão pode estar sofrendo um atropelamento, principalmente porque a sociedade cansou de esperar. Atualmente, é público e notório que algo precisa ser feito para proteger o cidadão de bem, mas, em meio a toda esta discussão, defensores dos "direitos dos manos" vêm a público expressar sua proteção àqueles que persistem em andar pelos caminhos obscuros.

O que mais nos deixa perplexos é que aqueles que, num momento de acreditar que tudo poderia ser diferente, depositamos a nossa confiança e esperança por dias melhores, hoje, vestem a camisa do crime, dizendo "não à redução da maioridade penal". Realmente, colocar um jovem infrator de 16 anos atrás das grades pode não ser a solução, mas, serve no mínimo de exemplo para aqueles que pretendem adquirir currículo na vida pregressa.

A verdade é que a sociedade potiguar está aplaudindo de pé as ações executadas pelos homens que são pagos para defendê-la. Na última semana, a sensação que temos é que o bem está se sobressaindo. Não adianta espernear, afinal, quem procura, acha, e neste caso, os "excluídos da sociedade" estão achando algo que há muito tempo parecia estar perdido, ou melhor, se perdia e achava-se no peito de um inocente: bala perdida.

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